quinta-feira, fevereiro 18, 2016

EM GRAVATÁ, PROFESSORA SE DIZ AMEAÇADA POR CUMPRIR COM SEU DEVER

Sobre a queixa prestada pela Secretaria de Educação de Gravatá contra servidores, por supostamente, realizar o transporte precário de alunos em caminhão do tipo “pau de arara”, a professora Sunamita Oliveira, em nota enviada ao Blog de Jamildo, repudiou a atitude da Prefeitura de Gravatá de expor o nome e a imagem da educadora.

Sunamita Oliveira
Confira a íntegra da nota enviada por Sunamita:
Vamos aos fatos: em primeiro lugar, não sou motorista nem tenho carteira de habilitação, o que torna impossível que eu realize o transporte de qualquer pessoa, inclusive o meu próprio.
Em segundo lugar: por favor, alguém me mostre onde estão as crianças em cima de um pau de arara. Da mesma forma que há uma caminhonete, há um táxi ao lado. O transporte estacionado no terreno da Associação de Agricultores pertence a familiares de crianças que sequer estão matriculadas na rede pública municipal, por decisão dos pais, até que saia uma definição e determinação da justiça acerca da extinção da escola Antônio Borges, forçando o deslocamento de crianças por mais de 10 km para outra localidade e unidade escolar.
As atividades, locomoção e cuidados com as crianças são de responsabilidades dos pais, conforme regulamenta o Estatuto da Criança e do Adolescente, portanto, não cabe a Prefeitura impor nem discriminar qualquer ação. Os pais só podem ser responsabilizados quando comprovada negligência, o que não é o caso.
As crianças estão sendo contempladas com atividades socioeducativas, tal qual as crianças do Bairro Maria Auxiliadora. Todas as crianças que participaram da atividade recreativa estavam com as mães, sob sua responsabilidade e sob os meus cuidados, como voluntária, através da ONG que presido, a CASEMA – Casa de Sonhos e Esperança Maria Auxiliadora, cuja atuação abrange todo o município.
Minha atuação se deu no contra turno das minhas atividades na Prefeitura, portanto, como cidadã, o que faço fora do meu horário de trabalho não diz respeito a gestão muito menos a Secretaria de Educação, até porque, não estou infringindo nenhuma lei, muito pelo contrário.
Estou lutando, como cidadã, como educadora, contra o descumprimento das Leis, a exemplo da Nº 12.960/2014 que afirma que para fechar escola é necessário a realização de estudo de impacto e diagnóstico, além da aprovação da comunidade escolar, e que a gestão não dispõe de nenhum destes elementos. Sou uma cidadã livre.
O prédio não pertence ao município e está sob responsabilidade da comunidade. A maioria das crianças se locomoveu a pé, até a Associação por residirem nas proximidades. E três crianças que residem a 200 metros, foram comigo no táxi, junto com minha filha caçula de 07 anos.
Não é a primeira vez que recebo ameaças por cumprir com meu dever, como cidadã. Temos advogados, que já foram notificados a respeito desta acusação feita a mim, que tomarão as devidas providências.
No mais, coloco-me a disposição para quaisquer esclarecimentos, reafirmando meu compromisso com a verdade, a justiça e pela manutenção do direito! A Educação Liberta!!!
Sunamita Oliveira, presidente da CASEMA
Do Blog do Jamildo

Postar um comentário

Blog do Paixão

Whatsapp Button works on Mobile Device only

Start typing and press Enter to search